Não chores, Margarida
Pois pecado algum, em sobriedade, cometeu
Teu pecado foi esquecido
Pois que o fez quando a loucura lhe acometeu
Nunca de ti foi digno
Apenas elogiando a tez
Queria lhe ser amigo
Bem querendo mal lhe fez
Deflorar-te não foi erro
Julgaram-te: eis a questão
Deixou-se abater em medo
Forçou-se à solidão
Tuas pétalas tornaram-se lágrimas
Seu rosto hão de adornar
Imploraste o perdão com lástima
Em paz, voltará ao lar
Por: Maria Clara L.