terça-feira, 21 de outubro de 2014

Súcubo Angélico

Despretencioso coloca-se
Na vida imaculada.
Apresenta-se como passageiro devir.
Acomoda-se como dependência devastadora.


Mesmo quando me vira as costas
Grata me encontro pelo deslumbre de sua morfia.
Se tua alma esculpira-se como a visão que lhe tenho
Intensificas sem pudor meu ensejo.


A sonoridade de tua voz
Desola-me o peito,
Corrompe-me a mente,
Isola-me do fulgor tranquilo.


O mais singelo dos teus olhares
Arrebata-me a pureza.
Depravara o anjo casto.
Coroara a súcubo impune.






Por: Lucia Cordato

O Mal do Mundo

Indigna é a besta
Que encanta os olhos
E seduz a alma.
Depravado é teu pedestal.


Incorporo e desconstruo,
Ascendo e declino.
Levo nas mãos a ruína e o caos
No semblante sutil, a paz.


Dicotômica lhe sinto
A questão se avultua
Se lhe sou,
Por que tão perversa se insinua?


Rogando misericódia,
Perdão pelos pecados da carne,
Pelos delírios da mente.
Arrebatada fora
A criatura do mundo.






Por: Maria Clara L.