domingo, 14 de dezembro de 2014

Mergulho

Os férteis sais em meus olhos
Multiplicam o oceano que contenho.
Afundo no impensável e não me molho,
Entristeço sem mudar o cenho.

O céu é pura rocha,
Impenetrável é o meu lugar.
O mar me aclama,
E eu sou Ismália.

Todos os sorrisos são tristes,
Tenho medo de todos os corpos.
Ainda mais aversão pela alma do forte.

Nunca senti nada real,
E o tom denuncia o fatal:
Apenas vivi enquanto estava na morte.

Por: Maria Clara L.

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